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Canção De Guerra II
01:28
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01. CANÇÃO DE GUERRA II
De volta ao jogo
Com o vento norte trazido do mar
Novas histórias, velhas palavras
O tempo é rei e pode tudo mudar
Fiel às tradições?
Nossos corações apenas seguem canções
De quem não se curva
Em casa ou nas ruas e não se deixa levar
Até o final!
Juntamos amigos agora e sempre
Somos todos um. Plantamos as sementes
Que quebram as correntes do inimigo em comum
Amigos na glória, irmãos no perdão
É a grande batalha que escolhemos travar
De frente em frente, não há vitória sem dor
Seria um erro me ludibriar
Os covardes deixam seus sonhos para trás
Quando busco o que quero
Só a conquista me satisfaz
E pra quem não acredita, ainda estamos aqui
A chama está acesa, as cartas na mesa
E que venha a batalha! Vamos jogar!
Se é assim, estou de pé
Se assim será, tenho minhas mãos
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2. |
Fiel À Tradição
02:27
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02. FIEL À TRADIÇÃO
Tempo passa, valores mudam
Fidelidade é agora condenável
Homem crocodilo!
Será tudo em vão?
Modas vêm, poucos são
Dançam os dias
O eterno vira descartável
Mais um "novo" estilo
A repetição!
Mas só sigo o meu coração
Fiel, fiel à tradição
Navegar é preciso
Rumo é detalhe
A ordem do dia é o consumo
Eis a nova crise
A repetição!
À deriva no mundo fluído
Ancorar vira o maior dos absurdos
Já não há raízes.
Será tudo em vão?
Mas só sigo o meu coração
Fiel, fiel à tradição
Não venha me dizer
Que no seu tempo era tudo melhor
Os ecos se repetem
Mais um clichê do hardcore
Um velho oportunista
Em busca de aprovação
Que jogará a toalha na nova estação
No imenso vai e vem
De ideologias em vão
É rebeldia de momento
Você fala em nostalgia
Eu prefiro a paixão
Eterna e verdadeira
Fiel à tradição!!!
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3. |
Auto-inimigo
02:09
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03. AUTO-INIMIGO
Ergui a cela com as próprias mãos
Do bem ao mal, fui do céu ao chão
Ao fugir do pecado neguei o perdão
Mas não há passo errado trilhado em vão
Se demônios não me deixam
E ensejam mais suplício
Sei que detê-los é só um sonho
Mas combatê-los é como um vício
Não há luta sem dor!
Não há luta sem dor!
Não há luta sem dor!
Não há luta sem dor!
Não tentei da culpa me eximir
No apelo a falsos álibis
A dor do remorso senti e aprendi
Pra que dias melhores pudessem vir
Se demônios não me deixam
E ensejam mais suplício
Sei que detê-los é só um sonho
Mas combatê-los é como um vício
Não há luta sem dor!
Não há luta sem dor!
Não há luta sem dor!
Não há luta sem dor!
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4. |
Quando Um É Por Todos
03:25
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04. QUANDO UM É POR TODOS
Como um sonho você veio a mim
Se tornou realidade sim
Alegrou o meu dia-a-dia
Meu refúgio, minha verdade,
Meu desejo, minha vida
Meu filho, por ti assumo tudo
Minha meta, desafios,
Meus anseios, meu refúgio
Meu herdeiro, meu legado, meu valor
Amor incondicional sua vinda me ensinou
Tudo que quero pra mim, pra ti
Nós vamos buscar que sejas assim
Sigo seus passos olhando pros meus
Quando um é por todos
Meus cantos são seus
És sentido de tudo que tenho
Me uniu a um sonho e a tudo de mais belo
Que existe nesse mundo desigual
Motivando minha vitória
Nessa guerra atual
Mostrando que unidade
Se constrói com compreensão
Respeito e igualdade, honra e decisão
Sem segredos e sem mentiras
Família é respeito, união e alegrias
Tudo que quero pra mim, pra ti
Nós vamos buscar que sejas assim
Sigo seus passos olhando pros meus
Quando um é por todos
Meus cantos são seus
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5. |
Agora E Sempre
02:46
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05. AGORA E SEMPRE
Dizer não, entender e sempre escutar
São ações que carrego sempre comigo
De frente em frente, agora e sempre
Não estarei sozinho contra os inimigos
Acredito que a chave pra transformar
São nossas atitudes
Ao cerrar meus punhos e buscar
As vitórias de uma luta diária
De frente em frente! Agora e sempre!
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6. |
De Volta Ao Jogo
04:05
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06. DE VOLTA AO JOGO
Despertador tocou, galo cantou. Vamos lá! Nem deu pra sonhar direito, mas é hora de trabalhar. Então levanta! Dá um beijo na mulher, come um pão, bebe um café, toma um banho e mete o pé! Eu nunca quis fazer parte dessa rotina. Confesso que não to feliz, mas talvez seja a minha sina ser explorado, como todo mundo é. Pra poder ganhar um trocado pra poder dar um rolé. Dinheiro pra cerveja, dinheiro pra mulher, dinheiro pra verdinha e um Adidas novo no pé. Rimando sobre tênis tipo Run DMC. Se Adorno fosse vivo ele ia rir de mim. Mas não me leve a mal. Eu não sou especial. Hoje não há mais imunes à indústria cultural. Devaneios que eu tenho até o ônibus chegar. Eu assassino, eu mato o tempo pro tempo não me matar. De casa pro trabalho, do trabalho pra casa. Eu fico puto pra caralho enquanto a minha vida passa olhando perdido pro nada em meio ao engarrafamento, rodando de cima a baixo a selva de pedra, asfalto e cimento. CHEGOU O CARTEL PARA REPRESENTAR. O NOSSO TREM NÃO SAI DA TRILHA. DE VOLTA AO JOGO! DE VOLTA AO JOGO! CHEGOU O CARTEL PARA REPRESENTAR. ISSO AQUI É NOSSA VIDA! O NOSSO TREM NÃO SAI DA TRILHA. DE VOLTA AO JOGO! DE VOLTA AO JOGO! Saio de casa, dobro a esquina. Preparo o meu copo pra gelada e entro no clima. Olho pro lado e aceno pro doutor. É o brother Julio que chega de caô. Apresento o tira-gosto. Vamos beliscar! Conversa de boteco, o pensamento está no ar. O tema é livre, não tem regra, não tem lei. Falo do que quero e espero a sua vez. O papo flui em direção à sociedade. Violência, corrupção, aumento das passagens. Você viu o que a polícia fez? Bateu no professor, espancou um de 16. Voz de comando para os cães em ação. No ar lacrimogêneo, projéteis espalhados pelo chão. Os infiltrados causam tumulto. Plantam evidências, te jogam contra o muro. Pergunto aos amigos na mesa de bilhar, de olho na jogada que vou finalizar: “Quem faz as regras, quem as imputa?" O juiz desse jogo tem interesse na disputa. CHEGOU O CARTEL PARA REPRESENTAR. O NOSSO TREM NÃO SAI DA TRILHA. DE VOLTA AO JOGO! DE VOLTA AO JOGO! CHEGOU O CARTEL PARA REPRESENTAR. ISSO AQUI É NOSSA VIDA! O NOSSO TREM NÃO SAI DA TRILHA. DE VOLTA AO JOGO! DE VOLTA AO JOGO! Resiste, questiona! Dedo em riste sem cair na lona. Na viagem do beat é que eu pego a minha carona. De Cabo Frio City, Naíra. Fechamento que nos honra! Caverna, Carandiru, Senzala, nossa intentona! Dúvida de tudo, da morte da vida. Ferida sem cura, a chaga aberta enceta a seta do poeta rumo à meta, reta sem juro e usura. Martela que fura, quebra a superfície dura, as cabeças-duras. Se liga, isso é a rua. É onda pura. Realidade crua. Isso aqui é Costa Leste, irmão. Foda-se a sua postura. Aqui não tem frescura. CHEGOU O CARTEL PARA REPRESENTAR. O NOSSO TREM NÃO SAI DA TRILHA. DE VOLTA AO JOGO! DE VOLTA AO JOGO! CHEGOU O CARTEL PARA REPRESENTAR. ISSO AQUI É NOSSA VIDA! O NOSSO TREM NÃO SAI DA TRILHA. DE VOLTA AO JOGO! DE VOLTA AO JOGO!
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7. |
Meus Cantos São Seus
02:56
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07. MEUS CANTOS SÃO SEUS
Na vida travamos batalhas
Numa guerra sem fim
Se durmo em derrota
Espero a alvorada e renasço para mim
Assuma suas as escolhas
A conquista ecoa lágrimas e risos
E dá à sua glória o devido valor
Para o seu compromisso
Escreva suas páginas mesmo em exaustão
Caminhando pra frente
Pense em seu pai, honre sua mãe
Viva pelos irmãos
Os fantasmas assombram
Se não houver disciplina
Andar por andar
É ficar no mesmo lugar
Tudo que quero pra mim, pra ti
vamos buscar que sejas assim
Sigo seus passos olhando pros meus
Quando um é por todos, meus cantos são seus
O segredo da vida
É errar e acertar
Que juntos aqui na verdade
Nascemos para lutar
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8. |
Blocos Negros
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08. BLOCOS NEGROS
Injetam regras
Tentam sujar nosso pensamento
Revolta que nos liberta
Saber distinguir o joio do trigo
Nossa gente com esperança
Barricadas, bandeiras em punho
Máscaras em anonimato
Ataque e defesa, contra a opressão
Blocos negros
Fazendo a contenção
De um povo sofrido
Combatendo o inimigo
Inventam falsas verdades
Manipulam imagens, atrocidades
Não temos tempo a perder
A luta é de todos, povo eu e você
Estamos nas ruas,
Sua política assassina
Caminhos trilhados
Tudo que nos foi roubado
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9. |
Falsa Vitória
03:02
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09. FALSA VITÓRIA
Se quem espera sempre alcança,
Boa sorte ao que esperar
Quem muito espera desespera
Vendo a morte chegar
De nada vale a esperança
Se não forte pra remar
Da tempestade à bonança
Com um norte a me guiar
Que a lágrima que se chora
Já se faz tarde demais
Regue os louros da falsa vitória
Do covarde que deixa seus sonhos para trás
Uma vida, uma chance
Sem contento em atalhos
Faço tudo ao meu alcance
Jogo as cartas do baralho
Alguns desistem, eu me oponho
Nego qualquer concessão
Mesmo improvável, não me envergonho
Dos meus sonhos nunca abro mão
De nada vale a esperança
Se não forte pra remar
Da tempestade à bonança
Com um norte a me guiar
Uma vida, uma chance
Sem contento em atalhos
Faço tudo ao meu alcance
Jogo as cartas do baralho
Que a lágrima que se chora
Já se faz tarde demais
Regue os louros da falsa vitória
Do covarde que deixa seus sonhos para trás
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10. |
De Sul Ao Norte
03:07
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10. DE SUL AO NORTE
Aos amigos e irmãos
Repontando a amizade, o estandarte é a união
Ao jazer sob espinhos sem flor
A aurora da dor me nega a remissão
Conto com a ajuda dos que não me julgam
E estendem os braços sem pedras nas mãos
Escudo armado, caminhos trilhados
Inerte e contrário a você, vacilão
De sul ao norte o cartel está formado
Toda a família num só coração
Meu sangue e vida pelos aliados
Amigos na glória, irmãos no perdão
Nego aceitar palavras hostis
Sopradas ao vento para me podar
A minha resposta é não navegar
Na inveja que mancha o seu negro mar
Tudo que faço, vitórias, fracassos
Todos os meus passos irão nortear
O meu destino a um novo abrigo
Que os velhos amigos chamam de lar
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11. |
Ainda Aqui
02:37
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11. AINDA AQUI
Anos 90, a descoberta. Eu vi a cena nascer
As bandas, amigos, a música, inimigos
Todas as tendências, todas as pessoas
Aos 18 os sonhos nos motivam, com correria se concretizam
Muito que busquei encontrei aqui
Amigos, família, tudo que vivi
Estrada, viagens, amigos, linguagens
Escolhas, pessoas, cidades, paisagens
Lembranças de uma vida, até o leito da morte
Tendências que surgiram, modas, tatuagens
Falavam em mudanças, miséria, revolta
Rebeldes nas ruas, na vida, minha herança
Os zines, as gangues, as brigas, revanches
Atitudes de uma época repleta de esperança
Tudo que busquei encontrei aqui
Pra quem nao acredita: eu estou aqui!
Você não acredita mais? Estamos aqui!
Planos almejados. Caminhos trilhados
Derrotas e fracassos, conquistas e histórias
Tragédia que se faz ao olhar para trás
Entender o que passou sem se render jamais
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12. |
Camponês
02:30
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12. CAMPONÊS
Procurando respostas pra regras impostas
Verá: quem as faz não procura paz
Com chuva certa a esperança germina
No campo que sangra, a guerra domina
Quem vive da terra espera céu forte
Com vento norte trazido do mar
Dá vida às sementes. Há nuvens, correntes
Que batizam o solo e alimentam meu lar
Sol nascente
Mãos inchadas
Enxadas nas mãos
Fim do dia, vida dura
Duram as marcas em seu coração
Onde passaste plantaste as dores
Matando vidas, cultivando horrores
Poluiu os mares, sujou os ares,
Cortou as árvores e destruiu lares
Meus pés descalços. Chutou sua cerca
Quebrou seu império, destruiu fronteiras
Regou lavouras com sangue em mãos
Ocupou sua terra, cultivou seu chão
A roça suada, a tribo calada
A cerca farpada, liberdade esperada
Liberdade!
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13. |
Como Eu E Você
03:15
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13. COMO EU E VOCÊ
(LONGO)
Aos que acreditam na TV
E no noticiário que insiste em dizer
Que o crime não tem desculpa
Tirando o peso do Estado e apontando pra quem tem menos culpa
Então escuta, filho da puta:
O seu discurso contribui pra escalada da violência gratuita
Pregando a redução da maioridade penal
Como se fosse a solução pra guerra social
Mas lamento te dizer que o processo penal
Potencializa ainda mais o efeito colateral
Porque se fossem pras prisões os donos das mansões
Ia até faltar espaço pros moleques tidos como ladrões
Oferecem grades, mas negam lares
Oferecem esmola, mas negam escolas
Esse é o presente da gestão que ingere o lucro
Manipulando as brechas da lei e dos estatutos
Comprando o Estado para garantir o furto
Que enche ainda mais o bolso dos que já tem tudo
E aí, meu camarada, sou eu quem te pergunto
Se as famílias desses putos choram à noite com uma história de luto
(WAGNER COSTA LESTE)
Sobre o Brasil me liguei
No pobre sempre pensei
Ao povo que me entreguei
Talvez eu morra, eu sei
Na bocada o rei nem sempre é um burguês
Não difere na hora de fazer as suas leis
(LONGO)
O Estado promove uma inversão de valores
Ao invés de proteger, agride os educadores
Professores, formadores de opinião
Essenciais trabalhadores que dão informação
Mas alimentar as mentes em iminente exclusão
Parece contraproducente ao nosso alto escalão
O pensamento crítico é desvalorizado
E é por isso que eu mantenho o meu dedo apontado
Apontado em direção aos que fogem do embate
Deus não é a solução. Deus é o medo do debate.
Então pra começar, levante do sofá
O milagre não existe se você desiste de lutar
(WAGNER COSTA LESTE)
Sobre o Brasil me liguei
No pobre sempre pensei
Ao povo que me entreguei
Talvez eu morra, eu sei
Na bocada o rei nem sempre é um burguês
Não difere na hora de fazer as suas leis
(FUTRICO e DUDU)De joelhos dobrados tantos clamam por ajuda
O mundo os criou e o mundo finge que não escuta
Eles dizem que rezam, eles dizem que oram
A diferença queima em verbos da guerra religiosa
(LONGO)
Onde o grande derrotado é quem olha pra trás
E revê o seu passado cego ao que o fez incapaz
Se o caminho trilhado foi o da vida dura
Sem alento, eu lamento,
É o doente que conquista a sua cura
Quando decide mudar o que tem pra se mudar
Ao andar por novas ruas, navegar num novo mar
Sem medo de perder, sem medo de afundar
E que o fogo desse inverno faça a chama queimar
Nos corações dos que querem ver ruir
Essa Rio-Babilônia impossível de engolir
Ou respirar... Deixa o gás abaixar
Deixa a poeira subir e a fumaça no ar
Até deixarem dizer o que temos pra dizer
Aos que sabem ouvir, aos que querem entender
Porque quem silencia diante da apatia
Cai na armadilha que destrói a melodia
E só haverá poesia na cidade-cidadã
Se rebeldes puderem versar o amanhã
Abrindo a mente de gente como eu e você
Como eu e você, como eu e como você!
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14. |
Não Tente Me Mudar
01:19
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14. NÃO TENTE ME MUDAR
Não tente me mudar!
Não tente me convencer!
Me esqueça! (x4)
Não venha com teorias idiotas!
Não venha com teorias idiotas!
Fuck the system!!!
Não tente me mudar, me convencer!
Me esqueça! Me esqueça! Me esqueça!
Me esqueça! Me esqueça! Me esqueça!
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