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De Volta Ao Jogo

by Norte Cartel

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1.
01. CANÇÃO DE GUERRA II De volta ao jogo Com o vento norte trazido do mar Novas histórias, velhas palavras O tempo é rei e pode tudo mudar Fiel às tradições? Nossos corações apenas seguem canções De quem não se curva Em casa ou nas ruas e não se deixa levar Até o final! Juntamos amigos agora e sempre Somos todos um. Plantamos as sementes Que quebram as correntes do inimigo em comum Amigos na glória, irmãos no perdão É a grande batalha que escolhemos travar De frente em frente, não há vitória sem dor Seria um erro me ludibriar Os covardes deixam seus sonhos para trás Quando busco o que quero Só a conquista me satisfaz E pra quem não acredita, ainda estamos aqui A chama está acesa, as cartas na mesa E que venha a batalha! Vamos jogar! Se é assim, estou de pé Se assim será, tenho minhas mãos
2.
02. FIEL À TRADIÇÃO Tempo passa, valores mudam Fidelidade é agora condenável Homem crocodilo! Será tudo em vão? Modas vêm, poucos são Dançam os dias O eterno vira descartável Mais um "novo" estilo A repetição! Mas só sigo o meu coração Fiel, fiel à tradição Navegar é preciso Rumo é detalhe A ordem do dia é o consumo Eis a nova crise A repetição! À deriva no mundo fluído Ancorar vira o maior dos absurdos Já não há raízes. Será tudo em vão? Mas só sigo o meu coração Fiel, fiel à tradição Não venha me dizer Que no seu tempo era tudo melhor Os ecos se repetem Mais um clichê do hardcore Um velho oportunista Em busca de aprovação Que jogará a toalha na nova estação No imenso vai e vem De ideologias em vão É rebeldia de momento Você fala em nostalgia Eu prefiro a paixão Eterna e verdadeira Fiel à tradição!!!
3.
Auto-inimigo 02:09
03. AUTO-INIMIGO Ergui a cela com as próprias mãos Do bem ao mal, fui do céu ao chão Ao fugir do pecado neguei o perdão Mas não há passo errado trilhado em vão Se demônios não me deixam E ensejam mais suplício Sei que detê-los é só um sonho Mas combatê-los é como um vício Não há luta sem dor! Não há luta sem dor! Não há luta sem dor! Não há luta sem dor! Não tentei da culpa me eximir No apelo a falsos álibis A dor do remorso senti e aprendi Pra que dias melhores pudessem vir Se demônios não me deixam E ensejam mais suplício Sei que detê-los é só um sonho Mas combatê-los é como um vício Não há luta sem dor! Não há luta sem dor! Não há luta sem dor! Não há luta sem dor!
4.
04. QUANDO UM É POR TODOS Como um sonho você veio a mim Se tornou realidade sim Alegrou o meu dia-a-dia Meu refúgio, minha verdade, Meu desejo, minha vida Meu filho, por ti assumo tudo Minha meta, desafios, Meus anseios, meu refúgio Meu herdeiro, meu legado, meu valor Amor incondicional sua vinda me ensinou Tudo que quero pra mim, pra ti Nós vamos buscar que sejas assim Sigo seus passos olhando pros meus Quando um é por todos Meus cantos são seus És sentido de tudo que tenho Me uniu a um sonho e a tudo de mais belo Que existe nesse mundo desigual Motivando minha vitória Nessa guerra atual Mostrando que unidade Se constrói com compreensão Respeito e igualdade, honra e decisão Sem segredos e sem mentiras Família é respeito, união e alegrias Tudo que quero pra mim, pra ti Nós vamos buscar que sejas assim Sigo seus passos olhando pros meus Quando um é por todos Meus cantos são seus
5.
05. AGORA E SEMPRE Dizer não, entender e sempre escutar São ações que carrego sempre comigo De frente em frente, agora e sempre Não estarei sozinho contra os inimigos Acredito que a chave pra transformar São nossas atitudes Ao cerrar meus punhos e buscar As vitórias de uma luta diária De frente em frente! Agora e sempre!
6.
06. DE VOLTA AO JOGO Despertador tocou, galo cantou. Vamos lá! Nem deu pra sonhar direito, mas é hora de trabalhar. Então levanta! Dá um beijo na mulher, come um pão, bebe um café, toma um banho e mete o pé! Eu nunca quis fazer parte dessa rotina. Confesso que não to feliz, mas talvez seja a minha sina ser explorado, como todo mundo é. Pra poder ganhar um trocado pra poder dar um rolé. Dinheiro pra cerveja, dinheiro pra mulher, dinheiro pra verdinha e um Adidas novo no pé. Rimando sobre tênis tipo Run DMC. Se Adorno fosse vivo ele ia rir de mim. Mas não me leve a mal. Eu não sou especial. Hoje não há mais imunes à indústria cultural. Devaneios que eu tenho até o ônibus chegar. Eu assassino, eu mato o tempo pro tempo não me matar. De casa pro trabalho, do trabalho pra casa. Eu fico puto pra caralho enquanto a minha vida passa olhando perdido pro nada em meio ao engarrafamento, rodando de cima a baixo a selva de pedra, asfalto e cimento. CHEGOU O CARTEL PARA REPRESENTAR. O NOSSO TREM NÃO SAI DA TRILHA. DE VOLTA AO JOGO! DE VOLTA AO JOGO! CHEGOU O CARTEL PARA REPRESENTAR. ISSO AQUI É NOSSA VIDA! O NOSSO TREM NÃO SAI DA TRILHA. DE VOLTA AO JOGO! DE VOLTA AO JOGO! Saio de casa, dobro a esquina. Preparo o meu copo pra gelada e entro no clima. Olho pro lado e aceno pro doutor. É o brother Julio que chega de caô. Apresento o tira-gosto. Vamos beliscar! Conversa de boteco, o pensamento está no ar. O tema é livre, não tem regra, não tem lei. Falo do que quero e espero a sua vez. O papo flui em direção à sociedade. Violência, corrupção, aumento das passagens. Você viu o que a polícia fez? Bateu no professor, espancou um de 16. Voz de comando para os cães em ação. No ar lacrimogêneo, projéteis espalhados pelo chão. Os infiltrados causam tumulto. Plantam evidências, te jogam contra o muro. Pergunto aos amigos na mesa de bilhar, de olho na jogada que vou finalizar: “Quem faz as regras, quem as imputa?" O juiz desse jogo tem interesse na disputa. CHEGOU O CARTEL PARA REPRESENTAR. O NOSSO TREM NÃO SAI DA TRILHA. DE VOLTA AO JOGO! DE VOLTA AO JOGO! CHEGOU O CARTEL PARA REPRESENTAR. ISSO AQUI É NOSSA VIDA! O NOSSO TREM NÃO SAI DA TRILHA. DE VOLTA AO JOGO! DE VOLTA AO JOGO! Resiste, questiona! Dedo em riste sem cair na lona. Na viagem do beat é que eu pego a minha carona. De Cabo Frio City, Naíra. Fechamento que nos honra! Caverna, Carandiru, Senzala, nossa intentona! Dúvida de tudo, da morte da vida. Ferida sem cura, a chaga aberta enceta a seta do poeta rumo à meta, reta sem juro e usura. Martela que fura, quebra a superfície dura, as cabeças-duras. Se liga, isso é a rua. É onda pura. Realidade crua. Isso aqui é Costa Leste, irmão. Foda-se a sua postura. Aqui não tem frescura. CHEGOU O CARTEL PARA REPRESENTAR. O NOSSO TREM NÃO SAI DA TRILHA. DE VOLTA AO JOGO! DE VOLTA AO JOGO! CHEGOU O CARTEL PARA REPRESENTAR. ISSO AQUI É NOSSA VIDA! O NOSSO TREM NÃO SAI DA TRILHA. DE VOLTA AO JOGO! DE VOLTA AO JOGO!
7.
07. MEUS CANTOS SÃO SEUS Na vida travamos batalhas Numa guerra sem fim Se durmo em derrota Espero a alvorada e renasço para mim Assuma suas as escolhas A conquista ecoa lágrimas e risos E dá à sua glória o devido valor Para o seu compromisso Escreva suas páginas mesmo em exaustão Caminhando pra frente Pense em seu pai, honre sua mãe Viva pelos irmãos Os fantasmas assombram Se não houver disciplina Andar por andar É ficar no mesmo lugar Tudo que quero pra mim, pra ti vamos buscar que sejas assim Sigo seus passos olhando pros meus Quando um é por todos, meus cantos são seus O segredo da vida É errar e acertar Que juntos aqui na verdade Nascemos para lutar
8.
08. BLOCOS NEGROS Injetam regras Tentam sujar nosso pensamento Revolta que nos liberta Saber distinguir o joio do trigo Nossa gente com esperança Barricadas, bandeiras em punho Máscaras em anonimato Ataque e defesa, contra a opressão Blocos negros Fazendo a contenção De um povo sofrido Combatendo o inimigo Inventam falsas verdades Manipulam imagens, atrocidades Não temos tempo a perder A luta é de todos, povo eu e você Estamos nas ruas, Sua política assassina Caminhos trilhados Tudo que nos foi roubado
9.
09. FALSA VITÓRIA Se quem espera sempre alcança, Boa sorte ao que esperar Quem muito espera desespera Vendo a morte chegar De nada vale a esperança Se não forte pra remar Da tempestade à bonança Com um norte a me guiar Que a lágrima que se chora Já se faz tarde demais Regue os louros da falsa vitória Do covarde que deixa seus sonhos para trás Uma vida, uma chance Sem contento em atalhos Faço tudo ao meu alcance Jogo as cartas do baralho Alguns desistem, eu me oponho Nego qualquer concessão Mesmo improvável, não me envergonho Dos meus sonhos nunca abro mão De nada vale a esperança Se não forte pra remar Da tempestade à bonança Com um norte a me guiar Uma vida, uma chance Sem contento em atalhos Faço tudo ao meu alcance Jogo as cartas do baralho Que a lágrima que se chora Já se faz tarde demais Regue os louros da falsa vitória Do covarde que deixa seus sonhos para trás
10.
10. DE SUL AO NORTE Aos amigos e irmãos Repontando a amizade, o estandarte é a união Ao jazer sob espinhos sem flor A aurora da dor me nega a remissão Conto com a ajuda dos que não me julgam E estendem os braços sem pedras nas mãos Escudo armado, caminhos trilhados Inerte e contrário a você, vacilão De sul ao norte o cartel está formado Toda a família num só coração Meu sangue e vida pelos aliados Amigos na glória, irmãos no perdão Nego aceitar palavras hostis Sopradas ao vento para me podar A minha resposta é não navegar Na inveja que mancha o seu negro mar Tudo que faço, vitórias, fracassos Todos os meus passos irão nortear O meu destino a um novo abrigo Que os velhos amigos chamam de lar
11.
Ainda Aqui 02:37
11. AINDA AQUI Anos 90, a descoberta. Eu vi a cena nascer As bandas, amigos, a música, inimigos Todas as tendências, todas as pessoas Aos 18 os sonhos nos motivam, com correria se concretizam Muito que busquei encontrei aqui Amigos, família, tudo que vivi Estrada, viagens, amigos, linguagens Escolhas, pessoas, cidades, paisagens Lembranças de uma vida, até o leito da morte Tendências que surgiram, modas, tatuagens Falavam em mudanças, miséria, revolta Rebeldes nas ruas, na vida, minha herança Os zines, as gangues, as brigas, revanches Atitudes de uma época repleta de esperança Tudo que busquei encontrei aqui Pra quem nao acredita: eu estou aqui! Você não acredita mais? Estamos aqui! Planos almejados. Caminhos trilhados Derrotas e fracassos, conquistas e histórias Tragédia que se faz ao olhar para trás Entender o que passou sem se render jamais
12.
Camponês 02:30
12. CAMPONÊS Procurando respostas pra regras impostas Verá: quem as faz não procura paz Com chuva certa a esperança germina No campo que sangra, a guerra domina Quem vive da terra espera céu forte Com vento norte trazido do mar Dá vida às sementes. Há nuvens, correntes Que batizam o solo e alimentam meu lar Sol nascente Mãos inchadas Enxadas nas mãos Fim do dia, vida dura Duram as marcas em seu coração Onde passaste plantaste as dores Matando vidas, cultivando horrores Poluiu os mares, sujou os ares, Cortou as árvores e destruiu lares Meus pés descalços. Chutou sua cerca Quebrou seu império, destruiu fronteiras Regou lavouras com sangue em mãos Ocupou sua terra, cultivou seu chão A roça suada, a tribo calada A cerca farpada, liberdade esperada Liberdade!
13.
13. COMO EU E VOCÊ (LONGO) Aos que acreditam na TV E no noticiário que insiste em dizer Que o crime não tem desculpa Tirando o peso do Estado e apontando pra quem tem menos culpa Então escuta, filho da puta: O seu discurso contribui pra escalada da violência gratuita Pregando a redução da maioridade penal Como se fosse a solução pra guerra social Mas lamento te dizer que o processo penal Potencializa ainda mais o efeito colateral Porque se fossem pras prisões os donos das mansões Ia até faltar espaço pros moleques tidos como ladrões Oferecem grades, mas negam lares Oferecem esmola, mas negam escolas Esse é o presente da gestão que ingere o lucro Manipulando as brechas da lei e dos estatutos Comprando o Estado para garantir o furto Que enche ainda mais o bolso dos que já tem tudo E aí, meu camarada, sou eu quem te pergunto Se as famílias desses putos choram à noite com uma história de luto (WAGNER COSTA LESTE) Sobre o Brasil me liguei No pobre sempre pensei Ao povo que me entreguei Talvez eu morra, eu sei Na bocada o rei nem sempre é um burguês Não difere na hora de fazer as suas leis (LONGO) O Estado promove uma inversão de valores Ao invés de proteger, agride os educadores Professores, formadores de opinião Essenciais trabalhadores que dão informação Mas alimentar as mentes em iminente exclusão Parece contraproducente ao nosso alto escalão O pensamento crítico é desvalorizado E é por isso que eu mantenho o meu dedo apontado Apontado em direção aos que fogem do embate Deus não é a solução. Deus é o medo do debate. Então pra começar, levante do sofá O milagre não existe se você desiste de lutar (WAGNER COSTA LESTE) Sobre o Brasil me liguei No pobre sempre pensei Ao povo que me entreguei Talvez eu morra, eu sei Na bocada o rei nem sempre é um burguês Não difere na hora de fazer as suas leis (FUTRICO e DUDU)De joelhos dobrados tantos clamam por ajuda O mundo os criou e o mundo finge que não escuta Eles dizem que rezam, eles dizem que oram A diferença queima em verbos da guerra religiosa (LONGO) Onde o grande derrotado é quem olha pra trás E revê o seu passado cego ao que o fez incapaz Se o caminho trilhado foi o da vida dura Sem alento, eu lamento, É o doente que conquista a sua cura Quando decide mudar o que tem pra se mudar Ao andar por novas ruas, navegar num novo mar Sem medo de perder, sem medo de afundar E que o fogo desse inverno faça a chama queimar Nos corações dos que querem ver ruir Essa Rio-Babilônia impossível de engolir Ou respirar... Deixa o gás abaixar Deixa a poeira subir e a fumaça no ar Até deixarem dizer o que temos pra dizer Aos que sabem ouvir, aos que querem entender Porque quem silencia diante da apatia Cai na armadilha que destrói a melodia E só haverá poesia na cidade-cidadã Se rebeldes puderem versar o amanhã Abrindo a mente de gente como eu e você Como eu e você, como eu e como você!
14.
14. NÃO TENTE ME MUDAR Não tente me mudar! Não tente me convencer! Me esqueça! (x4) Não venha com teorias idiotas! Não venha com teorias idiotas! Fuck the system!!! Não tente me mudar, me convencer! Me esqueça! Me esqueça! Me esqueça! Me esqueça! Me esqueça! Me esqueça!

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released April 7, 2017

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